O empresário Vanderlan Cardoso anunciou a sua candidatura a prefeito de Goiânia, no ano que vem, sem levar em consideração um detalhe fundamental: ele corre o risco de ficar inelegível por 8 anos, caso o Tribunal de Justiça confirme a sentença de 1ª instância que o condenou por improbidade administrativa.
No início de 2013, Vanderlan foi sentenciado pela Justiça porque, na Prefeitura de Senador Canedo, doou R$ 550 mil reais a um time de futebol do qual era presidente honorário, ato que o Ministério Público considerou “imoral, ilegal e lesivo aos cofres do município” – e assim também também o Poder Judiciário.
Vanderlan recorreu. Agora, o processo está prestes a ser julgado pelo Tribunal de Justiça, com perspectivas negras para o milionário de Senador Canedo: as irregularidades na doação são tão gritantes que a tendência é que a condenação seja mantida, o que lançará Vanderlan na lista suja de políticos inelegíveis por 8 anos (a Lei da Ficha Limpa estabelece que condenações por colegiados de juízes são impeditivas para o registro de candidaturas).
Para piorar as coisas, um outro processo, proposto pelo Ministério Público Estadual, que buscava declarar ilegal a doação da Prefeitura ao time de futebol já foi julgado pelo Tribunal de Justiça – que decretou a nulidade do ato praticado por Vanderlan. Ou seja: já há precedente transitado em julgado no TJindicando que houve, sim, ilegalidade.
As chances de confirmação, em 2º grau, da condenação do empresário são portanto muito elevadas. E aí ele está fora da eleição para prefeito de Goiânia.
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