Na inauguração da UPA do setor Buriti Sereno, em Aparecida, na presença do seu pai, o prefeito Maguito Vilela, e do governador Maconi Perillo, o deputado federal Daniel Vilela bravateou ao fazer uma profissão de fé como membro da base da presidente Dilma Rousseff na Câmara Federal: “Nosso apoio a Dilma é incondicional”, disse o ex-jogador de futebol que acabou ganhando de presente uma carreira política à sombra do prestígio do pai ex-governador e dono dos votos peemedebistas em Aparecida.
Daniel, naquele momento, procurava ironizar o governador Marconi Perillo, sugerindo que o tucano eventualmente dava declarações ou assumia posições a favor de Dilma por estar interessado em atrair recursos federais para Goiás.
Pouco mais de uma semana depois, o “apoio incondicional” de Daniel Vilela à petista não passou pelo primeiro teste: quando o primeiro projeto da pauta-bomba do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi colocado em votação, distribuindo aumentos de salários a torto e à direito, o jovem peemedebista votou a favor, contrariando o Palácio do Planalto.
Na verdade, a aprovação esmagadora dessa primeira bomba fiscal foi articulada por Eduardo Cunha para mostrar a Dilma, de quem ele se tornou inimigo, que ela não tem nenhuma base na Câmara e que, lá, ela é refém do poder e do prestígio dele, Cunha. E Daniel Vilela, que arrotava “apoio incondicional” à presidente, não vacilou nem um segundo para votar contra Dilma e ficar a favor dos interesses de Eduardo Cunha.
Ou seja: ao bravatear que “nosso apoio a Dilma é incondicional”, o filho de Maguito estava simplesmente… mentindo.