Os jornais nacionais estão repletos de matérias mostrando que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mudou o conteúdo do seu discurso, abandonou o falatório negativo pautado pelo ajuste fiscal e agora voltou a priorizar o crescimento econômico.
Em Goiás, o discurso inicial de Levy foi replicado pela secretária estadual da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, que assumiu a pasta em janeiro desfiando o tema do ajuste fiscal – mas, ainda agora, mais de sete meses depois, continua focada no assunto, enquanto o ministro da Fazenda virou o disco.
Na semana passada, Ana Carla falou a O Popular e… o centro da sua entrevista foi o ajuste fiscal. Ela chegou até a dizer textualmente que enquanto não resolver esse processo, o governo do Estado “continuará sem condições de retomar uma agenda positiva”.
Uma boa lição para Ana Carla é a matéria deste domingo na Folha de São Paulo informando que “Joaquim Levy quer combinar a consolidação do quadro fiscal com uma agenda de longo prazo, pois entende que apenas falar sobre o ajuste já não tem mais efeitos práticos para as expectativas dos agentes econômicos, que pedem outros sinais do governo”.
É exatamente o que acontece em Goiás. Enquanto o governador empurra o carro para a frente, com a inauguração de obras e o debate sobre a presença nacional da região Centro-Oeste, a titular da Sefaz puxa para trás com a sinalização pessimista de um Estado desequilibrado financeiramente e acuado por problemas na área fiscal.
Já é hora de mudar, mesmo porque isso é café requentado.