Nunca antes da história de Goiás uma safra de prefeitos se saiu tão mal, do ponto de vista administrativo, como a atual.
É fácil examinar a situação dos municípios goianos e concluir que, sejam grandes, médios ou pequenos, quase todos padecem sob gestões medíocres – de cabo a rabo não há uma única cidade do interior goiano onde foi erigida ou está em andamento uma obra de expressão e significado para a comunidade, por conta das Prefeituras.
Politicamente, o resultado dessa ineficiência geral será a derrota dos atuais prefeitos, seja como candidatos à reeleição, seja apresentando um sucessor, no pleito de 2016.
Mas o pior é que, além da falta de projetos, as prefeituras goianas não têm qualquer política de comunicação e não sabem como chegar aos seus cidadãos, explicar a situação (que financeiramente é difícil para todos) e mostrar as alternativas adotadas e os objetivos pretendidos. Isso, se houver, porque, no geral, não há.
Quase todas as prefeituras dispõem do cargo de secretário de Comunicação (pelo menos as médias e grandes), mas a vaga é desperdiçada em conchavos políticos e preenchida com “comunicadores” improvisados e dominados pelo provincianismo.
O quadro político dos municípios, assim, é desolador. Não há destaques – e a maioria dos prefeitos continua acreditando que limpar a cidade e tapar buracos, funções básicas de qualquer administração, deveria obrigar a população a ter um sentimento de gratidão e votar neles para a reeleição ou nos seus candidatos.
Não é por aí.