O clima eleitoral na Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás é cada vez mais forte, muito embora o pleito que vai definir o futuro comando da instituição só vá acontecer daqui a três meses, em 27 de novembro.
Depois que o governador Marconi Perillo recebeu o candidato da OAB Forte, Flávio Buonaduce Borges, acompanhado de quase todos os presidentes de subseções, e anunciou o aumento de 105% nos honorários dativos, o atual presidente da OAB-GO, Enil Henrique, que não foi convidado para o encontro com Marconi, e o candidato oposicionista Lúcio Flávio Paiva foram para as redes sociais reclamar do reajuste.
Enil não estava na reunião porque, como presidente da OAB-GO, optou por uma estratégia de beligerância para tentar conseguir o aumento e chegou a falar em paralisação da advocacia dativa para pressionar o governo. As ameaças tiveram o dom de afastar Enil Henrique das conversações.
Já Lúcio Flávio limitou-se a ficar postando mensagens nas redes sociais reclamando o aumento, mas não procurou abrir canais de negociação ou propor medidas concretas a favor do reajuste.
Assim, o que mexeu com os dois candidatos, Enil e Lúcio Flávio, uma possível capitalização a favor de Flávio Buonaduce – que, independentemente de questões eleitorais, teve o mérito de defender uma conciliação sobre o assunto e procurou o governador buscar uma solução para atender às demandas dos advogados que atuam em causas de pessoas pobres.
Flávio Buonaduce disse ao Diário da Manhã que procurou o governador para tentar uma negociação – e deu certo: “Incentivar a paralisação da advocacia dativa foi um grande equívoco. Prova disso é que, sentados à mesa, através do debate, alcançamos o objetivo dos advogados goianos, que era o reajuste da UHD”, disse o candidato da OAB Forte.