O Diário da Manhã desta sexta-feira denuncia a ação do senador Ronaldo Caiado (DEM) para sabotar o acordo para salvar a Celg.
Este acordo havia sido construído entre o governo estadual e o governo federal e consistia em uma cláusula que tirava a variação cambial da dívida da Celg com Itaipu, jogando essa dívida ao câmbio de janeiro de 2015: R$ 2,69 por cada dólar, muito abaixo dos R$ 3,60 de hoje.
Esta cláusula havia sido incluída pelo governo federal na Medida Provisória 675, mas graças ao esforço nada republicano do senador… ela foi eliminada.
A dívida da Celg D com Itaipu chega hoje a R$ 1,3 bilhão e é dolarizada. O acordo entre o governo federal e o governo de Goiás, que teve início em 2011, se materializaria com a aprovação da emenda – que reduziria a dívida em mais ou menos R$ 400 milhões.
A manobra política ganhou força com a intromissão do ex-governador Iris Rezende (PMDB), que teria enviado os deputados federais Pedro Chaves (PMDB) e Daniel Vilela (PMDB), além do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), para pressionar a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora da MP.
A reportagem do DM avisa: “caso o jogo político capitaneado por Caiado continue dando certo, a votação pode ser trancada novamente, e a efetivação do acordo postergada. A Celg ganharia, da noite para o dia, uma dívida de R$ 400 milhões”.