O discurso senador Ronaldo Caiado no “protesto” contra a privatização da Celg, na manhã desta segunda, em frente à sede da companhia, em Goiânia, ignorou fatos importantes para a história da empresa – como a venda da usina de Cachoeira Dourada, no governo Maguito Vilela, ou a elevação recorde do endividamento da Celg no governo Alcides Rodrigues.
Caiado, que integra o partido que mais apoia política de privatizações no Brasil, o DEM, esforçou-se para condenar a transferência da empresa para a iniciativa privada, que é apoiada pela maioria esmagadora do empresariado goiano e pelas bases tradicionais que ele tem no setor rural.
A presença do senador causou constrangimentos, já que o evento foi promovido por um grupo de sindicalistas ligados ao PSOL e à CUT, que deploram políticos como Caiado. O representante da CUT, Pinheiro Salles, abandonou ostensivamente o “protesto” assim que o senador começou a discursar. O ex-deputado Mauro Rubem, que preside a central sindical em Goiás, sequer compareceu.