O empresário Vanderlan Cardoso está prestes a ser julgado pelo Tribunal de Justiça e corre o risco de ficar inelegível por oito anos: trata-se de um recurso que Vanderlan apresentou quando foi condenado em 1ª instância por improbidade administrativa, depois de doar R$ 550 mil da Prefeitura de Senador a um time de futebol. Tanto o Ministério Público quanto a Justiça de 1º Grau consideraram a doação como ”imoral, ilegal e lesiva” aos cofres do município, resultando em uma sentença que será confirmada ou não, agora, pelo Tribunal de Justiça.
Caso perca o recurso, Vanderlan fica incurso da lei da Ficha Limpa (condenação por colegiado de juízes) e, durante oito anos, não poderá registrar candidatura a cargos eletivos. Não poderá, portanto, participar da eleição do ano que vem para prefeito de Goiânia.
Para piorar a situação do milionário de Senador Canedo, uma outra ação do Ministério Público, questionando a mesma doação, foi acatada pelo TJ-GO. O ato foi declarado nulo, o que abre um precedente inescapável para que o recurso de Vanderlan seja rejeitado e a condenação em 1ª instância confirmada. Detalhe escabroso: Vanderlan era presidente de honra do time beneficiado com os R$ 550 mil.
Vanderlan nunca deu satisfações públicas sobre essa condenação e muito menos sobre os demais processos por improbidade administrativa a que responde – são sete, no total. O que ele fez foi acusar uma juíza e uma desembargadora de terem manipulado o processo em que foi condenado. Acionado por calúnia pela Asmego (a associação dos juízes goianos), o empresário foi condenado a indenizar as duas magistradas em R$ 300 mil, por danos morais.