Em um tremendo erro de comunicação estratégica, a Secretaria estadual da Fazenda lançou uma campanha destinada a atrair contribuintes com dívidas tributárias em aberto batizada de Mutirão de Negociação Fiscal.
O equívoco está na utilização do termo “mutirão”, palavra incorporada ao imaginário do PMDB em Goiás, através dos mutirões inventados por Iris Rezende no início da década de 60, quando foi prefeito de Goiânia, e hoje considerado como prática atrasada e arcaica.
Os governos do PSDB, em Goiás, nunca utilizaram a expressão, mesmo realizando eventos que poderiam ter alguma semelhança com a mobilização encarnada pelos mutirões.
Em 2014, Iris, candidato a governador, prometeu que, se eleito, voltaria a realizar os mutirões, dessa vez em todo o Estado. A reação foi negativa, principalmente entre os próprios peemedebistas, que pressionaram o velho cacique para não falar mais em “mutirão” – na certeza de que a referência envelhecia a sua candidatura e a sua proposta de governo.
Não se sabe quem denominou a campanha de acertos de dívidas dos contribuintes goianos com o Fisco Estadual de “Mutirão da Negociação Fiscal”. Há cerca de 30 dias, a Prefeitura de Goiânia também realizou uma campanha semelhante, igualmente apresentada como na propaganda do Paço Municipal como “Mutirão de Negociação Fiscal”.