Em declarações distribuídas aos jornais, o senador Ronaldo Caiado pouco se lixa para a verdade e continua distorcendo os fatos sobre a privatização da Celg: segundo ele, o governo de Goiás vai pagar R$ 600 milhões para vender a companhia.
O raciocínio distorcido de Caiado, muito confuso, é o seguinte, nas suas próprias palavras: “A análise de contrato firmado com a Caixa Econômica Federal em agosto do ano passado, mostra que o governo se compromete, em caso de venda das ações da CelgPar de forma conjunta com a Eletrobras, a quitar R$ 1,9 bilhão de dívida com o banco. Como o Conselho Nacional de Desestatização avaliou em R$ 2,8 bilhões a empresa, o Estado tinha expectativa de receber R$ 1,3 bilhão. Com o pagamento da dívida com a Caixa, amargará prejuízo de R$ 600 milhões”.
Entendeu, leitor? Não. Não dá mesmo para entender. Na ânsia de atacar, o senador deixa a clareza de lado e prefere embaralhar tudo com uma matemática sem pé nem cabeça. Mas o principal a se ressaltar a informação falsa usada por Caiado: a avaliação de R$ 2,8 bilhões para a Celg.
Não é nada disso. O preço pelo qual a Celg foi avaliada e será ofertada em leilão é de R$ 5,3 bilhões. E, detalhe: trata-se de um leilão, o que significa que os R$ 5,3 bilhões serão apenas o ponto de partida. Devido ao forte interesse que a empresa desperta no mercado internacional e devido à constatação de que ela está barata em função da valorização do dólar no Brasil, a previsão é de que esse valor será superado em no mínimo 50%.
Caiado, falando tanta bobagem, mostra que não respeita nem o mandato que recebeu do povo goiano.
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