A juventude sempre traz no bojo a esperança de que a humanidade pode viver tempos de paz duradoura e de tolerância com as diferenças no futuro.
Por isso é tão frustrante quando jovens cometem erros que nossos pais, avós ou bisavós cometeram no passado. Em Goiás, o movimento de ocupação das escolas estaduais optou por trilhar o perigoso caminho da reciclagem de práticas fascistas ao atacar um jornal, o Diário da Manhã, apenas por não concordar com a sua linha editorial.
O Diário da Manhã é a favor do modelo de gestão de escolas públicas baseado em Organizações Sociais (OS), que o governo de Goiás resolveu testar depois de ouvir especialistas renomados em Educação, como o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Consequentemente, o DM não apoia a ocupação das escolas por parte de manifestantes, cujo efeito não é outro senão retardar este processo de evolução no ensino.
Mas apesar de não concordar com as ocupações, jornalista algum do DM foi para porta das escolas com o dedo em riste, palavras de ordem pronunciadas aos berros e artefatos suspeitos em mãos, que se parecem com bombas – como os que foram atirados no pátio do jornal.
Por que estes manifestantes escondem os seus rostos nos protestos, como bandidos? Por que querem esconder suas identidades?
Ao agirem como neofascistas e escancararem tamanha intolerância contra posicionamentos contrários, estes manifestantes afastam-se a passos largos do resto da população, que somente o bom termo para solução dos seus problemas.
Ninguém sabe ao certo quem são, mas o fato é que estão perdendo a batalha pelo apoio da opinião pública porque, em uma democracia, não se vence um confronto com armas em punho. O fascismo, aqui não tem vez. Só o diálogo.