O meio político em Goiás começa a semana se perguntando se o diretório estadual do PMDB finalmente conseguirá eleger o seu presidente, em eleição que está marcada para o dia 5 de fevereiro, apesar do elevadíssimo grau de tensão em que se encontra o partido.
Depois de muito bate-boca, intervenções judiciais, trocas de sopapos, roubo de documentos e disparo de tiro na sede do PMDB, aliados dos ex-governadores Iris Rezende e Maguito Vilela, que rivalizam pelo comando do diretório, inauguraram no fim de semana mais uma etapa do confronto, marcada pela enxurrada de pedidos de impugnação.
Maguitistas tentam invalidar a formação de diretórios que tendem a votar em Nailton de Oliveira, ex-prefeito de Bom Jardim, para presidência do partido. Iristas, por sua vez, tentam comprovar que houve fraude na formatação de diretórios simpáticos à postulação do deputado federal Daniel Vilela, filho de Maguito. É importante lembrar que, na quinta-feira passada, os documentos relativos a pelo menos 58 diretórios municipais do partido sumiram em meio ao arranca-rabo entre o deputado maguitista Paulo Cézar Martins e um dos puxa-sacos do grupo de Iris, Pablo Rezende.
“Foi solicitada a impugnação de mais ou menos 30 diretórios, que terão até quinta-feira (4) para apresentar defesa”, afirma Pedro Chaves, deputado federal e presidente da Comissão Provisória estadual do PMDB. “A eleição está mantida para 5 de fevereiro, não será adiada”, reforçou o presidente da Comissão Provisória. A posse da chapa vencedora acontecerá logo após o carnaval.