Responda, leitor: em qual Lula você acredita, o da carta divulgada nesta sexta-feira, em que o ex-presidente educadamente se dirige ao Poder Judiciário pedindo “apenas Justiça”, ou o cafajeste que se expressa com palavrões e grosserias que emergiu dos grampos da Polícia Federal, mostrando arrogância e torpeza, como disse o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal?
Pode apostar: a resposta correta é que o Lula verdadeiro é o dos grampos (mesmo porque a carta foi escrita por outrem, já que ele é analfabeto e não sabe alinhar duas frases no papel), aquele que o comentarista político Merval Pereira define assim:
“O Lula que as gravações liberadas pela Operação Lava Jato revelam é um político autoritário, com uma visão nada republicana do país, que exige lealdade e gratidão daqueles que nomeou, e trata com desdém os adversários e as instituições públicas, e um homem sexista, que faz piadas de profundo mau gosto e referências grosseiras a militantes femininas de seu entorno”.