A ascensão de Michel Temer à Presidência da República, hoje tida como certa em 99% das análises sobre os próximos passos da crise política no Brasil, deverá levar a um acordo inédito, em termos nacionais, entre o PMDB do novo chefe de Governo e o hoje oposicionista PSDB.
Temer já articula abertamente com os caciques tucanos – e não é segredo para ninguém que o PSDB, se quiser, terá ministérios para preencher com seus quadros no governo do (graças a Deus!) pós-Dilma.
Essa nova realidade, prevista para a última quinzena de abril, quando o impeachment estará consolidado como um movimento irreversível dentro do Congresso Nacional, trará consequências para o quadro político de todos os Estados, entre eles, inevitavelmente, Goiás.
A rigorosa rivalidade entre o PSDB do governador Marconi Perillo e o PMDB de Iris Rezende, Adib Elias, Daniel Vilela e outros menos cotados pode perder o sentido. Alianças, até então impensáveis, poderão surgir já de olho nas eleições municipais de outubro próximo. E, no final das contas, desaguar em uma chapa comum na eleição governamental e senatorial de 2018.