O filme do senador Ronaldo Caiado (DEM) está pra lá de queimado entre os jornalistas mais consagrados da imprensa nacional. Um exemplo é Ricardo Kotscho, ex-Veja, que enxerga Caiado como uma espécie de Donald Trump brasileiro.
Trump, como o leitor deve ser, é o excêntrico lunático de cabelo alaranjado que promete atear fogo nos hispânicos caso seja eleito presidente dos Estados Unidos pelo Partido Republicano.
Kotscho publicou um post no seu blog em que analisa o nefasto cenário em que, arrasada pelas delações premiadas, a esquerda abre caminho para um segundo turno na eleição presidencial entre Caiado, o nosso Trump do Cerrado, e o igualmente bizarro Jair Bolsonaro.
Leia o post:
Já imaginaram um 2º turno entre Bolsonaro e Caiado?
Sei que o título da coluna desta segunda-feira gelada chega a ser assustador, mas esse é um risco real que corremos neste momento, após as últimas delações premiadas. Do jeito que o Brasil vai indo, já não duvido de mais nada.
Dos três primeiros colocados nas pesquisas sobre presidenciáveis para 2018, só o nome de Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, ainda não havia aparecido na Lava Jato, como comentei no Jornal da Record News da última quinta-feira, mas agora ela também entrou na roda.
Em sua manchete de domingo, o jornal O Globo revelou que Marina foi denunciada pelo delator Léo Pinheiro, da OAS, de ter recebido dinheiro de “caixa dois” da empreiteira na campanha de 2010.
Como o petista Lula e o tucano Aécio já tinham sido alvejados em várias delações e investigações da Lava Jato, e vivemos uma crescente onda conservadora no Congresso Nacional e na sociedade brasileira, quem sai ganhando com isso são os pré-candidatos da direita radical citados no título: o militar reformado Jair Bolsonaro e o ruralista Ronaldo Caiado, fundador da UDR, dois perfeitos exemplares de “Donald Trump à brasileira”.