Eleito prefeito de Goiânia, Iris Rezende dedica-se no momento a montar o seu secretariado, com um detalhe, segundo informa o Jornal Opção: não está ouvindo ninguém do seu partido, o PMDB, e no máximo abre algum espaço para as sugestões do senador Ronaldo Caiado.
Caiado está recebendo atenção especial do velho cacique peemedebista por um motivo simples: como é senador de destaque em Brasília e integra a base do governo federal no Congresso, tem a incumbência de pavimentar o acesso de Iris ao presidente Michel Temer e às verbas correspondentes.
Peemedebistas como os deputados estaduais José Nelto e Bruno Peixoto e até mesmo o deputado federal Daniel Vilela ainda aguardam alguma deferência de Iris, cedendo a eles vagas no Paço Municipal. Argumentam, nos bastidores, que conduziram as doações que o partido fez à campanha e que, na prática, se constituíram na espinha dorsal do trabalho eleitoral que levou à vitória nas urnas.
Só que, com Iris, isso não funciona. Para ele, quem doou foi o partido. Nem José Nelto nem Bruno Peixoto nem Daniel Vilela meteram a mão no bolso ou buscaram doadores privados para a campanha em Goiânia. Para Iris e entre os iristas, ele “ganhou sozinho”, diz o Jornal Opção, e não deve nada a ninguém.