Thiago Peixoto, deputado federal pelo PSD e ex-secretário do governador Marconi Perillo (ocupou 3 pastas: Educação, Planejamento e Desenvolvimento), publica artigo em O Popular neste sábado defendendo o pacote de austeridade baixado nesta semana pelo governo do Estado, mas com críticas ao capítulo que mexe com os incentivos fiscais. Ele afirma que o pacote, nesse particular, mostra “visão limitada” da economia goiana.
O pacote cria um fundo de estabilização financeira, a ser constituído por 15% do valor dos incentivos fiscais atualmente em vigor ou que venham a ser concedidos. Ou seja: na prática, as empresas beneficiadas vão perder uma parte das vantagens e ter a sua carga tributária aumentada.
Para o deputado, o caminho é outro: “Em um momento em que vários Estados cortam incentivos, Goiás tem que ser agressivo. Em um movimento inverso, deve buscar empresas que, por perderem incentivos, deixarão de ser competitivas nos locais onde estão instaladas. Goiás tem que aproveitar a crise como oportunidade para gerar um novo ciclo de desenvolvimento”.
Thiago Peixoto afirma que “a criação do fundo cria um novo regime tributário para Goiás e representa um ataque às bases econômicas do Estado”. E conclui rememorando as suas fortes ligações com o governador Marconi Perillo: “Quanto à minha ligação com o governador, penso que o verdadeiro aliado não é aquele que corrobora todas as suas decisões e sim aquele que, quando vê uma ameaça, alerta para diminuir o risco de erro. Goiás cresceu e avançou graças aos incentivos. Propor a redução deles gera um clima de instabilidade e insegurança jurídica. Isso afasta tanto futuros investidores quanto empresas já instaladas. É preciso, nesse momento, atenção aos pormenores e sensibilidade para não colocar em risco nosso desenvolvimento”.