O Clube dos Repórteres Políticos de Goiás mantém o estranho e provinciano hábito de escolher, na classe política, os “melhores do ano”, supostamente através de votação de 42 dos seus associados – um número bem maior que o número real de jornalistas políticos que verdadeiramente podem ser chamados assim no Estado.
Assim, na semana passada, o tal clube indicou o governador Marconi Perillo como “político do ano”. Em seguida, a dra. Cristina como “vereadora do ano” – e até aqui tudo bem, não há o que questionar.
Mas em seguida as coisas desandam. Para “deputado do ano”, o indicado foi o apagadíssimo José Vitti, que conseguiu se transformar em presidente da Assembleia sem nunca ter formulado uma só proposta para o Legislativo estadual. Mas, vá lá, que o pior e o mais esdrúxulo vem agora.
Wilder Morais foi eleito como “congressista do ano”, em um Congresso Nacional onde goianos como Ronaldo Caiado, Lúcia Vânia, Jovair Arantes ou Thiago Peixoto brilharam intensamente durante todo este ano. E onde Wilder, que está sentado no Senado sem ter tido um único voto, é figura de pouca expressão até mesmo dentre o baixo clero que integra com orgulho e honra. Nem mesmo a votações importantes, como a da PEC 55, do Teto de Gastos, o milionário comparece. Ideias, projetos, propostas? Nada, nunca, jamais.
Uma “escolha” dessas desmoraliza qualquer lista. Seria até o caso do governador Marconi Perillo e da vereadora Dra. Cristina devolveram o “prêmio”. Com um despenhorado agradecimento.