O vice-governador José Eliton, do PSDB, praticamente ungido como candidato da base aliada do governador Marconi Perillo às eleições de 2018, mostrou uma ligeira mudança de tom na entrevista de 2 páginas que deu ao tabloide O Popular, nesta quinta-feira.
Até aqui, José Eliton só fundamentava a sua candidatura na defesa do “legado” do governador Marconi Perillo. Ou seja: parecia convencido de que a campanha, em 2018, deveria ser feita a partir das conquistas asseguradas a Goiás durante os 4 mandatos do tucano. Assim foi, por exemplo, em uma entrevista de 10 páginas que ele deu ao Jornal Opção.
Mas um problema é apontado para esse discurso: em 1998, quando o jovem Marconi Perillo venceu pela primeira vez, Iris Rezende amargou a derrota justamente se empenhando na defesa do “legado” dos 16 anos de governos do PMDB. Marconi, sem legado algum, ganhou a eleição.
Na entrevista a O Popular, José Eliton continua falando em “legado”, mas, pela primeira vez, avança alguns passos adiante, ao dizer: “Ninguém ganha eleição se não tiver o portfólio passado e os projetos para o futuro”.
Mais ainda: o vice-governador insiste que será “candidato de um projeto” e que, sim, vai “defender um legado que acredito e do qual participo”, porém reafirma a crença em que “a eleição precisa ter obviamente a defesa de um legado, mas também apresentar perspectivas para o futuro”. E promete, pela primeira vez, “mostrar quais os avanços que queremos apresentar e não ficar apenas com o retrovisor. É sempre importante valorizar e defender aquilo que foi feito, mas é imperioso apontar os caminhos do futuro”.
Quem acompanha o blog Goiás 24 Horas já sabia o que o vice José Eliton está enunciando agora: eleitor não vota em legado, eleitor vota em futuro.