Em novembro de 2016, logo após as eleições municipais, o presidente do diretório estadual do PMDB, Daniel Vilela, convocou 30 prefeitos eleitos pelo PMDB e anunciou que, em fevereiro de 2017, promoveria um grande encontro com ministros do governo Michel Temer, com o objetivo de estabelecer parcerias administrativas.
Pois bem: fevereiro chegou e passou, sem que o tal encontro acontecesse. Ninguém, muito menos Daniel Vilela, disse uma palavra sobre a reunião, que assim, claro, ficou patenteada como uma reles manobra para criar falsas expectativas nos novos administradores municipais peemedebistas.
O pior é que, na enrolação, Daniel Vilela atraiu os deputados estaduais José Nelto e Paulo Cezar Martins, além do deputado federal Pedro Chaves. Todos caíram na esparrela. Um parlamentar sério como Pedro Chaves, no evento com os 30 prefeitos, chegou a dizer que “estamos empenhados em abrir as portas dos ministérios para os prefeitos, resgatando compromisso assumido pelo presidente Michel Temer com a sua base do PMDB”.
Vamos ser sinceros, leitor amigo: quando é que ministros do governo Temer vão perder tempo abrindo a agenda para receber obscuros prefeitos do PMDB goiano para discutir parcerias administrativas?
Nunca.
Na verdade, foi só uma reação infantil de Daniel Vilela: na época, o governador Marconi Perillo havia acabado de anunciar que receberia todos os prefeitos recém-eleitos para avaliar parcerias administrativas, independentemente de filiação partidária ou qualquer outro critério.
Daniel Vilela deveria ter aprovado Mas, enciumado, falou demais e queimou a língua.