O que o cenário político de Goiás mostra, no momento, é a intensa movimentação dos candidatos que pretendem disputar as eleições para governador em 2018 – José Eliton, pela base aliada do governador Marconi Perillo; Daniel Vilela, pelo PMDB; e Ronaldo Caiado, por ele mesmo ou pelo minúsculo e inexpressivo DEM.
Os três, ostensivamente, constroem projetos baseados em modelos tradicionais de política partidária, em um momento em que o eleitor, não só o goiano, mas também o brasileira, reclama da classe política como nunca e anseia por renovação de práticas e ações.
Os exemplos bem sucedidos de Donald Trump, nos Estados Unidos, e João Doria, em São Paulo, são ignorados pelos nossos candidatos. Eles são uma demonstração clara da transferência do poder de influência dos meios tradicionais, como a imprensa e os partidos políticos, para a internet e a comunicação direta com a sociedade. O presidente tuiteiro Trump e o prefeito vídeomaker Doria não só se elegeram com campanhas eleitorais diferenciais, mas também estão governando pelas redes sociais, em linha direta com a população, sem intermediários.
Não se vê nada parecido em Goiás.
Faz-se política, hoje, como há 30 anos atrás. Ou mais.