O governador Marconi Perillo afirmou neste sábado, após participar de reunião de trabalho com a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, no Parque de Exposições Agropecuárias de Goiás, que o Brasil precisa se unir em torno da construção da melhor saída para a crise política, de forma a garantir a continuidade das reformas e do processo de retomada do crescimento econômico. “Não pode haver saída irresponsável”, disse Marconi.
“O que nós temos que ter agora é sabedoria, equilíbrio, maturidade para nos unirmos em favor do Brasil. Não adianta a ficar brigando com um ou outro. É preciso nos juntarmos para ver o que é o melhor para o Brasil. Não pode haver saída irresponsável”, disse o governador. “Nós também não podemos também apostar numa experiência nova. Nós temos que ter uma condução extremamente equilibrada para que o Brasil possa sair desse momento agora e voltar àquele status que estava nos conduzindo para um porto seguro”, afirmou o governador.
“Avaliação que eu faço é a de todos, a de que estamos realmente vivendo um momento gravíssimo, um momento delicadíssimo, infelizmente num momento em que o Brasil estava começando a decolar”, observou Marconi. “A equipe econômica que nós temos no Brasil hoje é a melhor equipe econômica que nós já tivemos no governo. As coisas estão indo bem, as reformas estão muito bem encaminhadas. Eu acho que, mais do que nunca, nós, brasileiros, especialmente aqueles que têm responsabilidade pública temos que estar juntos discutindo, refletindo e pensando sobre o que é melhor para o Brasil daqui para frente”, disse o governador.
Marconi lembrou que, até a eclosão da crise, “a inflação tinha caído de 10% para 4%, o PIB estava com tudo para crescer 3% depois de dois anos, quase três anos de queda, os juros caíram de 15% para 11%, o dólar tinha caido para R$ 3,00, depois voltou a crescer por conta da crise”. “Eu tenho falado com os meus colegas governadores, tenho discutido com todos, estamos avaliando a profundidade da crise, mas esse é um assunto que deverá ser tratado amanhã em Brasília pela direção nacional do partido”, disse Marconi, em referência à reunião de líderes do PSDB, marcada para amanhã na capital federal, para avaliar e definir saídas para a crise.
Acerca da proposta, defendida por integrantes do PSDB, de saída do partido da base de sustentação e do governo do presidente Michel Temer, o governador disse que “algumas pessoas do PSDB defendem o desembarque, outras acham que é preciso ver o que fazer para que a gente não desencaminhe o que já está bem encaminhado na economia”. “Enfim”, completou, “é uma situação delicada e, mais do que nunca, nós temos que conversar muito e pensar no que é melhor para a nação”.
Perguntado sobre as possíveis saídas institucionais para a crise, Marconi disse que a “decisão é muito complexa, que precisa ser debatida e discutida por todos”. “Eu não ousaria aqui falar de renúncia ou não. Essa é uma decisão que cabe ao presidente. Há um outro processo correndo no TSE, que será julgado pelo Superior Tribunal Eleitoral”, afirmou.
O governador prosseguiu afirmando que “a Constituição Brasileira estabelece que, em caso de vacância ou em caso de renúncia, as eleições são indiretas pelo Congresso Nacional”. “Se formos mudar a Constituição em busca de uma eleição direta”, prosseguiu, “isso vai demorar muito tempo, talvez um ano, aí ficam faltando poucos meses para se concluir esse mandato. Então é uma decisão muito complexa, que precisa ser debatida e discutida por todos”.
Leia, abaixo, a íntegra das declarações do governador Marconi Perillo sobre o assunto:
SITUAÇÃO POLÍTICA
Avaliação que eu faço é a de todos, a de que estamos realmente vivendo um momento gravíssimo, um momento delicadíssimo, infelizmente num momento em que o Brasil estava começando a decolar. O que nós temos que ter agora é sabedoria, equilíbrio, maturidade para nos unirmos em favor do Brasil. Não adianta a ficar brigando contra um ou outro. É preciso nos juntarmos para ver o que é o melhor para o Brasil. Não pode haver saída irresponsável. Nós também não podemos também apostar numa experiência nova. Nós temos que ter uma condução extremamente equilibrada para que o Brasil possa sair desse momento agora e voltar àquele status que estava nos conduzindo para um porto seguro.
AVANÇOS NA ECONOMIA
A equipe econômica que nós temos no Brasil hoje é a melhor equipe econômica que nós já tivemos no governo. As coisas estão indo bem, as reformas estão muito bem encaminhadas. Eu acho que, mais do que nunca, nós brasileiros, especialmente aqueles que têm responsabilidade pública temos que estar juntos discutindo, refletindo e pensando sobre o que é melhor para o Brasil daqui para frente.
POSIÇÃO DO PSDB
Eu tenho falado com os meus colegas governadores, tenho discutido com todos, estamos avaliando a profundidade da crise, mas esse é um assunto que deverá ser tratado amanhã em Brasília pela direção nacional do partido. Algumas pessoas do PSDB defendem o desembarque, outras acham que é preciso ver o que fazer para que a gente não desencaminhe o que já está bem encaminhado na economia. Enfim, é uma situação delicada e, mais do que nunca nós temos que conversar muito e pensar no que é melhor para a nação.
SAÍDAS PARA A CRISE
Eu não ousaria aqui falar de renúncia ou não. Essa é uma decisão que cabe ao presidente. Há um outro processo correndo no TSE, que será julgado pelo Superior Tribunal Eleitoral. Agora, a constituição brasileira estabelece que em caso de vacância ou em caso de renúncia as eleições são indiretas pelo Congresso Nacional. Se formos mudar a Constituição em busca de uma eleição direta isso vai demorar muito tempo, talvez um ano, aí ficam faltando poucos meses para se concluir esse mandato. Então é uma decisão muito complexa, que precisa ser debatida e discutida por todos.