Na tarde sexta-feira, encontraram-se dois símbolos do novo PMDB de Goiás: o presidente da Câmara Municipal da Capital, Andrey Azeredo, e o deputado federal Daniel Vilela. Além da pouca idade, outra característica incômoda os une: foram rebaixados de promessas da política para categoria de decepções.
Daniel, com seu frescor juvenil, prometia novos tempos no PMDB quando destituiu Iris do comando do partido. Mas o poder fez mal ao jovem deputado, que iniciou um processo de caça a adversários internos (como o prefeito de Formosa, Ernesto Roller) digno de causar inveja ao antecessor. Também acaba de manobrar a favor da extensão do seu mandato como presidente do PMDB, mostrando que renovação só interessa quando é sobre as costas os outros.
Andrey, como presidente da Câmara, é um ótimo despachante de Iris. A sua subserviência é tão completa e o seu trabalho em favor do prefeito (e contra a autonomia do Legislativo) é tão eficiente que Iris sequer deu-se ao trabalho de nomear um líder para bancada aliada na Casa. O líder informal da bancada, todos já perceberam, é Andrey Azeredo.
Andrey também é uma decepção como legislador. Um levantamento realizado pelo jornal O Popular no mês de julho mostrou que Andrey não apresentou um projetinho que seja nos primeiros seis meses de mandato. Alegou falta de tempo, mas na mesma matéria a jornalista Andreia Bahia revelou que o antecessor dele, Anselmo Pereira (PSDB), apresentou 55 quando foi presidente.
Andrey e Daniel são promessas da política que não deram certo. Em um dado momento, iludiram o eleitor com o seu verniz e pompa. Mas a falta de conteúdo e de discernimento político aparece rápido e os revela como fraudes. Fraudes que, não satisfeitas em ludibriar uma vez, querem manter-se no poder até se lambuzar.