A visão provinciana de mundo propagada pelo jornal O Popular, em cuja linha de frente estão jornalistas moralistas e hipócritas, não se cansa de assustar. Na edição deste domingo, o “repórter” Caio Henrique Salgado assina uma matéria risível. Ele levantou o número de missões comerciais realizadas pelo Governo de Goiás em quatro mandatos do governador Marconi Perillo para tentar pichar uma das políticas de relações exteriores mais bem sucedidas do Brasil, reconhecida pelo setor produtivo e no mundo afora.
A conta é ridícula: em 28 missões, o Governo de Goiás gastou R$ 1,6 milhão, com um custo médio de R$ 50 mil – vale lembrar que, na maioria das missões, é percorrida uma média de quatro países. O que Caio Salgado e a redação do Popular ocultam de seus leitores é que, por trás da crítica às missões está a visão Iris Rezende (PMDB) de mundo: o coronel peemedebista se gaba de não sair de Goiás, de não viajar e é essa perspectiva atrasada que pauta o moralismo e a hipocrisia de “repórteres” como Caio, Fabiana Pulcineli, Márcio Leijoto e os editores Silvana Bittencourt e Fabrício Cardoso, os chefes da linha editorial tacanha e provinciana.
No mundo real, no entanto, todos sabem: promover relacionamento, conhecer as tendências e o que está dando certo no mundo é item indispensável para a formação pessoal, para as empresas e para os governos. O que os jornalistas do Popular têm a dizer dos cursos de formação jornalística que fazem e fizeram em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Chile e na Espanha? Que são gastos dispensáveis? E sobre as inúmeras missões comerciais, custeadas a convite do governo e da qual participaram ao longo dos anos, o que têm a dizer?