Dos três principais candidatos a governador já colocados em Goiás – o vice-governador José Eliton, pelo PSDB; o senador Ronaldo Caiado, pelo DEM; e o deputado federal Daniel Vilela, pelo PMDB – pelo menos dois já estão anunciando a constituição de grupos de supostos técnicos para a elaboração do planejamento que apresentarão para os seus hipotéticos governos.
Esses dois são José Eliton e Daniel Vilela. O terceiro, Ronaldo Caiado, continua verberando denúncias raivosas e se omitindo totalmente quando se trata de ideias e propostas para o futuro dos goianos.
José Eliton constituiu um grupo liderado pelo deputado federal Giuseppe Vecci, que elabora planos de governo desde a gestão desastrada de Henrique Santillo, em meados da década de 80. Daniel Vilela apregoa estar organizando um staff de professores e acadêmicos, cujos nomes não revelou, para fazer a sua planificação.
A fórmula, obviamente, parece um pouco envelhecida e antiquada. Tanto que ninguém é capaz de afirmar que determinado plano de governo, apresentado em campanha seja pelos tucanos seja pelos peemedebistas, nas últimas décadas, teve algum efeito prático para o desenvolvimento de Goiás ou deixou alguma marca. Isso sem falar que vivemos em um país onde o horizonte para decisões de peso na economia e no campo social é de no máximo alguns meses, devido à constante mudança das expectativas e mesmo da conjuntura.
Planos de governo elaborados de cima para baixo, sendo assim, são perda de tempo, já que não atendem ao que a sociedade quer: racionalidade, honestidade, políticas públicas realmente eficazes – principalmente na Saúde, Educação e Segurança, isso em termos de competências estaduais.
Só para exemplificar: nos governos de Marconi Perillo, nenhum dos seus grandes projetos foi previstos no planejamento apresentado durante a campanha, com exceção honrosa da Bolsa Futuro, prometida durante o período eleitoral e imediatamente implantada com a vitória nas urnas.