Texto publicado no site GBrasil (clique aqui para acessar)
Em entrevista publicada no jornal Valor Econômico no fim da noite de quinta-feira, o governador Marconi Perillo (PSDB) afirma que é contra forçar a renúncia do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), com o objetivo de antecipar a eleição da nova executiva do partido. Marconi afirma que a antecipação da convenção seria “golpe”. “Se não for em dezembro, é golpe”, disse ao Valor (clique aqui para acessar).
A tese da realização imediata de eleições internas é defendida pelo presidente interino, Tasso Jereissati (PSDB-CE), que com a manobra pretende se reeleger e desbancar o próprio governador de Goiás, que é o nome preferido do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do prefeito de São Paulo, João Doria, e do próprio Aécio para conduzir a legenda em 2018. Eles entendem que Marconi tem credenciais para pacíficar e reunificar o PSDB em torno de uma só bandeira na disputa presidencial.
O grupo de Tasso calcula que a antecipação poderia tirar Marconi do seu caminho, tendo em vista que o governador tem agenda administrativa a cumprir em Goiás antes de se desincompatibilizar em 2018 para cuidar do partido. Nesta mesma entrevista ao Valor, Marconi pela primeira vez admitiu abertamente que vai disputar a presidência do direito nacional tucano. “Estimulado por vários segmentos e pelo trânsito que eu tenho no partido, eu estou assumindo que serei candidato a presidente do PSDB”, afirmou o governador.
Nesta quinta, Marconi recebeu em Goiânia o prefeito de São Paulo, João Doria, que veio receber homenagens na cidade. Doria reafirmou o apoio à eleição de Marconi no PSDB e disse que também não vê motivos para o afastamento imediato de Aécio.