Duas semanas depois de uma mal explicada viagem do deputado federal Daniel Vilela (PMDB) a Lisboa, em Portugal, acompanhado de outros sete parlamentares, o jornal O Estado de S. Paulo publica reportagem que denuncia o desleixo destes deputados na hora de prestar contas do dinheiro público que eles gastam no exterior.
Sim, estas viagens são custeadas pelo Erário.
O levantamento do Estadão, com base nos dados publicados pela Câmara, encontrou relatórios genéricos, sem qualquer detalhamento ou apresentação dos resultados das missões. A falta de cuidado na forma como se presta – e se fiscaliza – as viagens faz com que haja documentos que só listam a agenda predeterminada para o roteiro, sem fotos dos encontros, nomes das autoridades visitadas ou a relevância das reuniões para a atividade legislativa desenvolvida no Brasil.
A Câmara liberou, ao todo, a ida a 107 cidades, em 54 países diferentes. No ranking dos destinos mais visitados estão Nova York, Genebra, Paris, Roma, Bruxelas, Londres e Washington (veja quadro nesta página). Mas há exemplos também de roteiros realizados em Nassau, nas Bahamas; Addis Abeba, na Etiópia; Praga, na República Checa; e Baku, no Azerbaijão.
Danielzinho não para de aprontar.