É unânime no governo de Goiás a avaliação de que algo precisa ser feito com relação aos chefes de comunicação setorial, que em geral são jornalistas muito bem pagos (recebem mais de R$ 10 mil), mas que não dão o retorno que a administração precisa.
Nove entre dez aliados de Marconi Perillo (PSDB) concordam que os chefes de comunicação abandonaram a linha de frente da defesa do governador e do governo, como um todo. Contentam-se em bajular os seus chefes imediatos, os secretários.
Circula a informação de que, assim que assumir, o vice-governador José Eliton (PSDB) vai fazer um limpa na área (segundo nota publicada nesta semana pelo jornal Opção). Especulam-se nomes dentro do governo, mas principalmente no mercado. Ocorre que não basta promover a limpeza. É preciso mudar a hierarquia.
O erro consiste em dar aos secretários autonomia para nomear e demitir os ocupantes destes cargos. Para comunicação do governo funcionar bem, ela inteira tem de responder ao governador – e a ele defender quando for preciso. São muito bem pagos para isso.
Não passou batido pelo Palácio das Esmeraldas o fato de que o balanço de fim de ano de muitas secretarias não ter sequer citado o nome de Marconi, ao passo que a apologia aos titulares das pastas – muito conveniente em véspera de ano eleitoral – foi feita com primor.