O governador Marconi Perillo (PSDB) deu entrevista ao jornalista José Datena na rádio Bandeirantes, na quarta-feira. A assessoria do governo divulgou a transcrição do bate-papo (abaixo estão os melhores pontos, escolhidos pelo Goiás 24 Horas). Entre eles, Marconi cobrou presença ostensiva das Forças Armadas nas fronteiras do País para combater o tráfico de armas e drogas.
Confira.
FRONTEIRAS
O Brasil faz fronteira com doze países, e nós não temos uma política nacional de segurança das fronteiras. O contrabando e as drogas entram facilmente. Tenho defendido já há muitos anos – fui governador junto a quatro presidentes da República, doze ministros – defendo há 20 anos que coloquemos parte das Forças Armadas e acertemos uma forma de realmente vigiar as fronteiras.
SISTEMA PRISIONAL
Há um problema no Brasil hoje que se chama sistema prisional. E ele existe por uma série de razões. Primeiro porque o crime organizado, o narcotráfico, cresceu demais no Brasil. Nossas fronteiras estão absolutamente abertas ao contrabando de armas pesadas e de drogas. O Brasil faz fronteira com doze países, e nós não temos uma política nacional de segurança das fronteiras. O contrabando e as drogas entram facilmente.
GOVERNO FEDERAL
Outro problema é a falta de recursos. Os estados são responsáveis constitucionalmente por praticamente todos os gastos com Segurança no Brasil. Estive na terça-feira, dia 09, com o ministro da Justiça e entreguei a ele um dossiê mostrando todos os investimentos que fizemos em Segurança de 2011 para cá. E isso não é culpa do ministro da Justiça, tampouco do presidente da República. Afinal de contas, eles são os primeiros que começam a ajudar os governos estaduais efetivamente. Mas nós gastamos em sete anos, de 2011 a 2017, R$ 16,2 bilhões em Segurança Pública e sistema prisional. O governo federal gastou R$ 150 milhões nesse período. Nós gastamos R$ 16 bilhões, e eles nos repassaram R$ 150 milhões. Isso é insignificante.
FÉRIAS
Todo mundo tira férias e descansa. Eu passei o ano inteiro trabalhando demais, intensamente. Tirei três dias para descansar com a minha família. Quinta, na sexta e sábado. Mas a rebelião aconteceu na segunda-feira, e estava tudo sob controle. Temos um excelente secretário, um excelente diretor do sistema prisional, e hoje nós trabalhamos muito pela internet e por telefone. Teve um dia, por exemplo, na sexta-feira, que eu fui acordado às três horas da manhã pelo coronel chefe do presídio para me informar que havia tido uma tentativa de rebelião nova, e estava controlada. A rebelião primeira foi na segunda. Eu fiquei em Goiânia na segunda, terça e quarta, e saí na quinta-feira, domingo eu já estava trabalhando de novo, fiquei três dias e o tempo inteiro ligado no celular, na internet, conversando o tempo inteiro.