Recém-empossado como ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann anunciou nesta terça-feira (27/2) a exoneração de Fernando Segovia da Direção-Geral da Polícia Federal. Segovia será substituído pelo delegado Rogério Galloro.
No último dia 9, o, agora, ex-diretor-geral da PF concedeu uma entrevista à agência Reuters e afirmou que a tendência era de que a investigação contra o presidente Michel Temer no caso do Decreto dos Portos fosse arquivada. Segundo Segovia, não existiam elementos que confirmassem o pagamento de propina da empresa Rodrimar para o presidente.
Desde então, Segovia lidava com a pressão para deixar o cargo. O ex-diretor chegou a ser intimado a prestar esclarecimentos pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa segunda-feira (26/2), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu à Corte que, por meio de uma ordem judicial, impedisse Segovia de fazer declarações sobre inquéritos em curso, sob pena de perda do cargo em caso de descumprimento.