O governador Marconi Perillo (PSDB) e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), reagiram de formas muito diferentes ao pedido de auxílio do vereador Jorge Kajuru (PRP) para tirar do papel do projeto de criação do Centro Diabético. Enquanto Iris virou as costas, Marconi – que teve divergências com o vereador no passado – estendeu a mão.
Eis o sinal dos novos tempos: Kajuru foi à nova TV Brasil Central, administrada pelo governo do PSDB, e em um boletim ao vivo da emissora estatal anunciou que o Centro seria aberto graças a uma parceria com o governo de Goiás. Horas antes, ele havia se reunido com o vice-governador José Eliton (PSDB) e com o secretário de Saúde, Leonardo Vilela (PSDB), e deles conseguiu todo o apoio que faltava para o Centro funcionar.
Mais: o governo se comprometeu a abrir as portas do Hospital Geral de Goiânia (HGG) para todos os casos cirúrgicos que chegarem ao Centro – onde funcionará o atendimento ambulatorial. No HGG, aliás, 24 pacientes diabéticos encaminhados pelo vereador já foram operados, desde 2017. Quem viu à entrevista assistiu o vereador elogiar o comportamento republicano do governador.
Ao prefeito Iris, Kajuru pediu que custeasse o salário dos enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares que participassem dos procedimentos cirúrgicos. O município gastaria R$ 5,5 mil por operação, aproximadamente. Mas, para atrapalhar o projeto do vereador, que faz críticas ao velho cacique na Câmara Municipal, o pedido de apoio foi negado.
Este é um episódio que mostra que os dois maiores líderes políticos da história de Goiás têm visões diferentes sobre como fazer política.