O site nacional GBrasil analisa o movimento deflagrado pelo deputado Bruno Peixoto (MDB) no jornal O Popular deste sábado que pode trazer à baila uma nova candidatura do prefeito Iris Rezende (MDB) a governador de Goiás. Uma candidatura que viraria a disputa eleitoral de cabeça para baixo.
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Declarações dadas pelo deputado estadual Bruno Peixoto (MDB) ao jornal O Popular neste sábado deixaram o meio político em alerta. Bruno afirmou que existe a possibilidade de surgir um “3º nome competitivo” para por termo à briga entre o deputado federal Daniel Vilela (MDB) e o senador Ronaldo Caiado (DEM). Quem seria este nome?
Existe apenas um político de oposição com autoridade suficiente para pedir a Daniel e Caiado que desistam dos respectivos projetos eleitorais em favor da sua candidatura: é o prefeito Iris Rezende (MDB), que do alto dos seus 84 anos tem se esmerado em construir uma imagem de político conciliador, que busca a união dos grupos contrários ao governador Marconi Perillo (PSDB). Iris tomou o cuidado de não declarar apoio a nenhum dos dois pré-candidatos envolvidos na contenda porque sabe que, se o fizesse, abriria mão de ser ele próprio o tertius da disputa.
A amigos, Iris costuma dizer – em tom de brincadeira, por enquanto – que conseguiria construir uma candidatura competitiva a governador porque hoje o que pesa é a televisão e as redes sociais. Nada que exija demasiado vigor físico. Encanta-lhe também o cenário sem Marconi Perillo (PSDB) – que é o seu pior pesadelo – como candidato. Iris se considera muito maior que o vice-governador José Eliton (PSDB) e vê esta como a chance derradeira de voltar ao Palácio das Esmeraldas e encerrar a carreira de forma consagradora.
Não é difícil construir o discurso. Como fez em 2016, Iris diria que não tinha plano algum de ser candidato, mas que foi ungido pelo partido (numa mobilização que ele rapidamente conseguiria organizar nos subterrâneos) e que não é homem de fugir à luta, às responsabilidades. Dirá que conversou com Deus ao pé da cama em uma destas madrugadas de insônia e soube Dele que esta era a sua missão.
Bruno Peixoto não é aliado de Daniel e nem de Caiado, por ora. Está em cima do muro, a exemplo de Iris. E é filho de um velho amigo do prefeito, o atual presidente do Instituto de Assistência aos Servidores (Imas), Sebastião Peixoto. À coluna Giro, ele disse: “Na época das convenções, quem estiver melhor será o candidato. E quem sabe não pode aparecer um terceiro nome competitivo também”.
Pesará contra ele o fato de abandonar o mandato pela metade para pleitear cargos mais importantes, mas para quem já fez isto três ou quatro vezes, é café pequeno.
No futuro, pode ser que olhemos para trás e encaremos este como gatilho de um movimento queremista que trouxe Iris para disputa. O tempo dirá.