À medida em que se aproxima o prazo final para desincompatibilização de agentes públicos que pretendem disputar a eleição deste ano, cresce também a pressão pelo Brasil afora para que o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, fique no cargo e desista de ser candidato.
Neste domingo, ele terá um jantar com o presidente Michel Temer (MDB) em que deve decidir o seu futuro político. Depois de ouvir o que Temer tem a dizer, Baldy deve pôr na balança – junto com os apelos que ouviu nos últimos dias – e resolver que caminho seguirá no dia 7 de abril. O ministro planeja concorrer a mandato de deputado federal, mas é também lembrado para cargos majoritários.
O último e mais contundente pedido para que continue como ministro foi feito nesta quarta-feira pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), na solenidade de entrega de 4,4 mil unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Visa no Ceará.
“Não vamos permitir que ele saia do Ministério das Cidades para continuar ajudando o nosso querido Ceará. Ele, que aqui representa o governo federal, representa acima de tudo o compromisso com as pessoas mais simples, mais pobres do Brasil”, afirmou Eunício.
Na segunda-feira desta mesma semana, o prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (DEM), disse: “O senhor está olhando para quem mais precisa, para os mais pobres e está humanizando este Governo. Peço para que fique”.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), apresentou reivindicação semelhante em seminário do programa Todos pela Habitação.
“Já falei pro Baldy não sair no dia 7 de abril, se sacrificar e ficar sem mandato nos próximos anos para dar continuidade, até o final do ano, ao trabalho maravilhoso que está fazendo no ministério. Ele é jovem, pode não se candidatar agora e depois volta logo para o cargo de presidente da República”, disse Pezão.