O ex-presidente Lula anunciou há pouco que “vai atender” a ordem de prisão contra ele expedida quinta-feira (5), após condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele fez o anúncio há instantes, durante comício em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Ele deve se entregar à Polícia Federal logo apos concluir o discurso.
Após desafiar a Justiça durante vários dias, ele negociou se entregar tão logo acabasse a “missa em homenagem à memória da falecida ex-primeira dama Marisa Letícia” que se transformou em uma espécie de “missa de corpo presente” para ele próprio, em mais um ato político-eleitoral.
A ordem de prisão foi expedida pelo juiz Sérgio Moro em cumprimento a determinação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que considerou exaurida a tramitação do processo na segunda instância e por isso o condenado deveria iniciar imediatamente o cumprimento de sua pena de 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado. A ordem do TRF-4 foi endereçada a Moro por ser ele o juiz originário do caso.
Quando a PF fez gestões para que o ex-presidente se entregasse, ficou acertado que ele o faria após a misa marcada para homenagear os 68 anos da falecida ex-primeira-dama. Na verdade, era mais um ato político-eleitoral usado pelo PT e por Lula para tentar partido do cumprimento de um mandado de prisão. Com o Brasil na plenitude democrática, curiosamente Lula e o PT alegam que os processos a que respondem são “políticos” quando na verdade não passam de ações criminais.