Na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado estadual José Nelto (Podemos) comentou a crise da falta de UTIs para pacientes graves em Goiânia – o que está sendo investigado inclusive pela Polícia Civil, por causa da suspeita de haver um esquema de seleção de pessoas para vagas ociosas nos hospitais.
No entanto, Nelto não disse que a culpa é do prefeito Iris Rezende (MDB). De forma covarde e injusta, falou que a culpa é do governo.
Não é. O Ministério da Saúde afirma que o número de leitos de UTI cadastrado no SUS em Goiás hoje é suficiente. O problema é que, apesar de haver vagas ociosas, o departamento de regulação da prefeitura (que distribui pacientes entre os leitos disponíveis) não manda todos os doentes para as UTIs.
Dados que estão nas mãos do delegado Thiago Damasceno, da Polícia Civil, mostram que entre agosto e dezembro de 2016, a média de leitos desocupados por dia foi de 89 UTIs adulto e 32 UTIs neonatal. Entre agosto e dezembro de 2017, a média diária foi de 128 leitos de UTI adulto e 39 leitos de UTI neonatal.