Alberto Borges de Souza, dono da Caramuru Alimentos, fechou acordo de delação premiada e se comprometeu a explicar a fraude que transformou um auto de infração de R$ 65 milhões em multa de R$ 350 mil. As informações preliminares são de que a empresa teria pago R$ 2 milhões em propina.
Além de Alberto, também fechou acordo de delação Walter Souza Júnior, funcionário da Caramuru. Ambos foram alvos da Operação Zaqueus, deflagrada pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) do Mato Grosso em parceria com a Corregedoria da Secretaria da Fazenda do Estado.
Os servidores públicos que participaram do esquema vão responder por associação criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude processual. O servidor André Neves Fantoni foi denunciado, ainda, por coação no curso do processo e estelionato.
Já Walter de Souza Júnior, representante da empresa Caramuru, vai responder por corrupção passiva, fraude processual, estelionato e lavagem de dinheiro. O empresário Alberto Borges de Souza, que também representa a referida empresa, foi denunciado por lavagem de dinheiro.
Atualização (segunda-feira, 15h10):
Em nota encaminhada ao Goiás 24 Horas, a Caramuru afirma que “tomou a iniciativa de firmar um acordo com as autoridades para corrigir irregularidades” e que “a empresa espera assim reiterar sua postura de se pautar por uma atuação ética e em total observância com a legislação vigente”.