Texto publicado no site GBrasil (clique aqui para acessar)
A perspectiva de contar com o apoio do prefeito Iris Rezende (MDB) depois que a campanha para governador começar está cobrando um preço alto do senador Ronaldo Caiado (DEM).
Seus apoiadores – e claro, os seus críticos – questionam porque ele não denuncia, com discursos inflamados, o caos na saúde municipal de Goiânia, enquanto que para falar dos seus adversários ele sobe o dedo em riste e eleva o tom da voz.
O que acontece na rede de saúde pública da Capital vai além da inaptidão administrativa da secretária Fátima Mrué. Há indícios de corrupção gravíssimos. A Polícia Civil investiga a existência de um suposto esquema de seleção de pacientes “mais lucrativos” para as vagas de UTI na cidade. Contra a secretária, já se discutem inclusive pedidos de prisão.
A prefeitura deixou de pagar complementos salariais aos médicos, o que provocou uma diáspora de profissional e o aumento exponencial de filas por cirurgias eletivas e até mesmo por consultas simples, nos Cais e Ciams da Capital.
Se esta situação estivesse a ocorrer sob as barbas do governador José Eliton, Caiado estaria a lançar diatribes há meses. Mas como se trata da administração de Iris, prevalece a omissão. Talvez esteja neste comportamento incoerente a explicação para queda de 5 pontos percentuais na última pesquisa Serpes.