domingo , 24 novembro 2024
Goiás

Igreja Católica rejeita Caiado e sinaliza apoio a Eliton

A Igreja Católica dá sinais mais do que evidentes de que rejeita o senador Ronaldo Caiado (DEM) e de que vai trabalhar contra a eleição ele. Na principal missa da romaria do Muquém, realizada na última quarta-feira com a presença dos candidatos a governador, o bispo da Diocese de Uruaçu, Dom Messias do Reis Silveira, deu mais um aceno neste sentido ao defender a reeleição de “bons gestores – referência mais do que direta ao governador José Eliton (PSDB).

A igreja rejeita Caiado por causa do histórico de ligação umbilical do ruralista com movimentos radicais, notadamente a União Democrática Ruralista (UDR), que fundou e que em passado não tão distante teria sido responsável por assassinatos e atos de violência contra os pequenos agricultores e os agricultores familiares.

Caiado representa a antítese da luta, das ideias e das figuras de representantes muito queridos da Igreja Católica, como finado Dom Tomás Balduíno, bispo emérito da Diocese de Goiás, um dos fundadores da Pastoral da Terra; e Dom Pedro Casaldáliga, o bispo do povo, de São Félix do Araguaia.

Caiado é a representação viva da violência e do coronelismo, assinatura indelével de sua família; representa o oposto de tudo aquilo que a Igreja Católica prega nas dioceses do interior: a tolerância, a compaixão, a serenidade; expressões utilizadas na homilia de Muquém pelo bispo Dom Messias, da diocese de Uruaçu.

Não por acaso todo o alto clero reuniu-se recentemente para uma risonha confraternização com Zé Eliton no Palácio das Esmeraldas, pois a reeleição do governador, defendida pelo pelo bispo de Uruaçu, é a trincheira cristã contra Caiado e tudo de ruim que simboliza.

Outra razão para a Igreja Católica rejeitar Caiado é a aproximação exagerada dele com os evangélicos. O suplente do senador é Luiz Carlos do Carmo, irmão do pastor Oídes do Carmo, um dos mais influentes representantes da Assembleia de Deus no Brasil. Caiado inclusive sondou Oídes para ser seu vice e dedicou parte importante da sua agenda pública nos últimos meses a participar de cultos, o que incomodou a cúpula católica.

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