Desde que assumiu diretamente a interlocução política com a Assembleia Legislativa, o senador e governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) demonstra pouca disposição para atender os pleitos dos deputados estaduais. Na reunião com os parlamentares na tarde de ontem, o demista afirmou que mantém sua disposição de rever o chamado Orçamento Impositivo, que determina a obrigatoriedade de o Executivo pagar a integralidade das emendas parlamentares.
Para aprovar as reformas que propõe – que ninguém sabe ao certo quais são, porque o governador eleito não faz questão nenhuma de explicar o que pretende fazer – Caiado vai ter de negociar com a Assembleia, cedendo em alguma medida para o atendimento às demandas da Casa. No encontro de ontem, o demista também assustou os parlamentares ao afirmar que mudará a legislação dos incentivos fiscais. Há 15 dias, o governador José Eliton mandou projeto de lei convalidando os contratos, ou seja, mantendo os incentivos e benefícios fiscais da forma como foram aprovados quando da sua concessão pelo Governo de Goiás, via Produzir.
Para tentar derrubar o Orçamento Impositivo e próprio Produzir, Caiado insiste no cenário de caos fiscal. O governo José Eliton tem afirmado que, em função da crise econômica nacional, o quadro é de dificuldade, mas o dia-a-dia da administração no fechamento do mandato (2015-2018) vai derrubando uma a uma as fake news do governador eleito. Quanto ao Orçamento Impositivo, o governador eleito e os deputados concordam em um ponto: computar as emendas para a educação e a saúde no cálculo das vinculações das duas áreas.