A forte investida do governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) contra o setor industrial de Goiás, mais do que questões de fundo financeiro, revela a faceta ideológica de ruralista de corte conservador do demista.
Integrante histórico da bancada ruralista no Congresso Nacional, Caiado vê com desconfiança o avanço modernizante da industrialização o que acabaria inviabilizando investimentos no agronegócio.
Nada mais equivocado: quando se movimenta, a roda da economia produz riquezas a todos os setores.
É um erro acreditar que o corte dos incentivos fiscais vai beneficiar a pauta da agricultura em Goiás, como Caiado e os ruralistas goianos empedernidos creem. Sem a indústrias, que fatalmente serão atraídas por vantagens em outros estados, Goiás vai andar para trás.
Governadores com visão rural travaram o crescimento econômico de Goiás. Os números indicam que estado se saiu melhor sob o comando de governantes com olhar urbano.
Os incentivos fiscais serviram nos últimos 20 anos para impulsionar o PIB estadual e projetar Goiás entre as as nove principais economias do país, com a geração de mais de 400 mil empregos, inclusive na área do agronegócio.
A desindustrialização será um desastre para Goiás.