A equipe de forasteiros anunciada nesta terça-feira pelo governador eleito Ronaldo Caiado (EM) não consegue disfarçar que está perdida diante do imenso desafio de comandar pastas com Saúde, Segurança Pública, Fazenda e a Saneamento de Goiás (Saneago). Nas primeiras entrevistas, questionados pelos jornalistas sobre planos de trabalho (questão óbvia e primária), eles já estão fazendo uso do “precisamos conhecer melhor as necessidades do Estado”.
Em outras palavras, eles não têm plano de trabalho algum, não sabem o que fazer ou o ponto de partida. Não conhecem Goiás. Mais grave ainda, não estão diante de uma administração qualquer, mas de uma máquina complexa e capilarizada, com milhares de servidores, dezenas de programas e ações de Estado (e não de governo) distintas e realidades regionais tão díspares quanto aquelas entre o Norte e o Sul do Brasil.
Com eles, o Estado corre o risco de sofrer graves descontinuidades na gestão e na oferta de serviços públicos. O novo secretário da Segurança sabe o nome do atual comandante da PM? A secretária da Fazenda sabe quem são os representantes do poderoso Sindifisco? O presidente da Saneago sabe quantos municípios goianos têm companhias próprias de saneamento? Algum deles sabe quantos deputados têm a Assembleia Legislativa?
Dá um bom quiz.