É bom destacar que o blog não tem absolutamente nada contra a futura secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli. Porém, ao escolher a paranaense para comandar uma das principais pastas do governo, Ronaldo Caiado joga luz sobre um debate polêmico, que é a não valorização dos profissionais locais.
Educação é um dos setores mais sensíveis de qualquer governo. Uma ação mal sucedida pode resultar em anos de prejuízo e péssimos resultados na rede escolar e em toda estrutura educacional. Caiado arrisca muito ao escalar Fátima para o desafio que começa dia 1º de janeiro.
A professora que nasceu no Paraná, mas fez a vida profissional em Rondônia não conhece a realidade goiana. Por mais que o senso comum diga que “ahhh, hoje em dia é tudo globalizado e a informação está ao alcance de todos”, é impossível que uma profissional que atua há anos lá no Norte do País conheça os meandros e as particularidades da educação aqui em Goiás.
Caiado poderia muito bem ter escolhido um profissional local. Goiás é reconhecido nacionalmente por ser bom na escola pública (foi no 1º no Ideb recentemente) e também campeão na rede privada. Mas, o governador eleito preferiu Fátima. A escolha ficou ainda mais excêntrica ao descobrirmos que Fátima tentou se eleger deputada estadual por Rondônia, e foi derrotada. Ou seja, não deixa de ser um prêmio de consolação para a professora.
O mesmo aconteceu com o futuro secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda. Ele tentou ser deputado federal pelo Espírito Santos neste ano, mas perdeu a eleição. Como prêmio, vai ser secretário aqui em Goiás.