Na entrevista coletiva, nesta sexta-feira, em que anunciou uma medida furada para, segundo ele, “aperfeiçoar o transporte coletivo de Goiânia”, o prefeito Paulo Garcia deu uma declaração de impressionante coerência: disse, ao mesmo tempo, que respeita, mas que também não respeita as manifestações populares.
Claro, foi uma alusão aos cinco protestos estudantis contra o aumento abusivo da passagem de ônibus em Goiânia.
Segundo o Jornal Opção online, veja o que Paulo Faria declarou durante a entrevista: “Eu venho de um partido que respeita os movimentos sociais e as manifestações democráticas. Acredito que todas são legítimas desde que sem ordeiras e pacíficas. A implantação não tem nenhuma relação”.
Ou seja: Paulo Garcia respeita, sim, os movimentos sociais, mas não tomou a medida – furada, consistindo da criação de uma espécie de cartão integração que já existe – em razão dos protestos estudantis das últimas semanas.
Respeita, diz. Mas não respeita, diz também.
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