O ex-ministro Alexandre Baldy subverteu uma regra histórica na política de Goiás: a que diz que o partido do governador é sempre quem chega mais forte na eleição de prefeitos. Foi assim com o MDB, nos tempos de Iris Rezende e Maguito Vilela; e com o PSDB, nos anos de Marconi Perillo. Mesmo sem ter o governo nas mãos, Baldy caminha para transformar o PP no maior partido de Goiás.
Desde janeiro e até o dia 4 de abril, prazo final para filiação de políticos que querem disputar as eleições de outubro, 14 prefeitos terão ingressado na legenda: os de Abadiânia, Alexânia, Aurilândia, Bela Vista, Cachoeira de Goiás, Cidade Ocidental, Corumbaíba, Goianápolis, Goianira, Jataí, Mundo Novo, Porangatu, São Miguel do Araguaia e São Miguel do Passa Quatro.
O que Baldy oferece aos prefeitos? A perspectiva de construir um grupo forte, com reais chances de eleger o governador em 2022 ou 2026. Oitavo goiano a assumir um cargo de ministro, Baldy já demonstrou que é bom articulador e goza de prestígio na política nacional. Hoje ele é secretário de Transportes do governo João Doria, em São Paulo.