terça-feira , 16 julho 2024
Nacional

Sigla “CPX” estampada no boné de Lula não tem relação com o tráfico. É mais uma “fake news” de Fávio Bolsonaro. Entenda;

Viralizaram nas redes sociais, nesta quarta-feira (12), imagens do ato de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Candidato ao Palácio do Planalto, o pernambucano esteve acompanhado de lideranças políticas e da juventude carioca.

Mas, na aparição do petista na capital fluminense, que caminhou pelas ruas da comunidade e discursou em um carro de som, uma coisa chamou a atenção, principalmente de opositores bolsonaristas: o uso de um boné preto com o acrônimo “CPX”.

Falsamente vinculado por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) a membros do tráfico de drogas e a um grupo criminoso, o termo nada mais é que uma abreviação da palavra “complexo”, usada para se referir a um conjunto de favelas.

A sigla, como apontou o Yahoo Notícias, é comumente usada em postagens na internet, sendo usada, inclusive, pela Polícia Militar para se referir aos complexos no Rio há pelo menos seis anos.

Um fenômeno parecido acontece em Salvador – destino da comitiva do PT após a visita ao Alemão -, onde a região da Cidade Baixa é identificada pelos próprios moradores como “CBX”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do atual presidente, foi um dos propagadores da “fake news”. De acordo com ele, Lula foi até o local “visitar o QG do Comando Vermelho” e usou o acessório para fazer uma referência ao termo “cupinxa”, que supostamente significaria “parceiro do crime”.

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