A Polícia Federal (PF) concluiu nesta quarta-feira (28) o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao associar a vacina contra a covid-19 com o vírus da aids em uma live de outubro de 2021.
A afirmação consta no relatório final da investigação enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela delegada Lorena Lima Nascimento.
De acordo com o documento, o presidente atentou contra a paz pública. Um relatório parcial da investigação já havia atribuído ao presidente os delitos de incitação ao crime.
A PF afirma que Bolsonaro agiu de maneira “consciente e voluntária” ao espalhar informações falsas sobre a vacinação e “incentivou” a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra a covid-19.
Na mesma transmissão ao vivo, Bolsonaro afirmou, citando um suposto estudo atribuído ao imunologista Anthony Fauci, que “a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”. Na época, as máscaras eram obrigatórias em locais públicos no Brasil.
Além de Bolsonaro, a PF também atribui crimes ao ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, apontado como responsável pela produção do material divulgado na live.