Como se sabe, no próximo domingo, às 14 horas, a Assembleia Legislativa reabre as portas, com uma sessão solene que será pontuada pelos discursos do representante da bancada governista, Talles Barreto, do PTB, e do líder da bancada oposicionista, José Nelto, do PMDB.
Será o primeiro ato do confronto que vem aí: de um lado, a confortável maioria governista, que terá 27 deputados – suficientes para aprovar qualquer matéria – e de outro lado apenas 14 da minoria oposicionista.
Matematicamente, portanto, a base governista já ganhou o jogo por antecipação. Mas, na Assembleia, o embate é político e não pode ser reduzido a números. O fato é que, na nova Legislatura, a tropa de choque da oposição tem mais qualidade e peso que o exército formado pelos partidos ligados ao Palácio das smeraldas.
A vanguarda da oposição vai ser comandada por quatro parlamentares experientes, que se autodefinem como “profissionais”: José Nelto, Adib Elias, Ernesto Roller, do PMDB, e Luis Cesar Bueno, do PT. Já as linhas de defesa governistas carecem de expoentes, depois que o seu principal combatente na Legislatura passada, Túlio Isac, perdeu a eleição e o mandato.
Entre os governistas, há uma profusão de deputados de pouca idade e menos experiência ainda. Não há como tapar o sol com a peneira: parlamentares novatos precisam de tempo para se habituar aos maneirismos do debate em plenário. Não há casa legislativa, em parte alguma, onde principiantes conseguem algum destaque ou mostrem qualquer eficiência – a não ser as raríssimas exceções que confirmam a regra.
O debate político na Assembleia, portanto, vai começar desequilibrado – a favor da oposição.
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