domingo , 24 novembro 2024
Goiás

DM ouve opiniões dos políticos goianos sobre o impeachment e recolhe um caminhão de asneiras e ignorância sobre o tema

O Diário da Manhã publica nesta sexta-feira uma página com dezenas de opiniões de políticos goianos sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O resultado é um caminhão de asneiras e manifestações de ignorância sobre o que é um impeachment e qual o sentido da sua discussão neste momento da vida política do país.

Vários, como o deputado federal Jovair Arantes, do PTB, definem o impeachment como um golpe. Não é. O impeachment é um procedimento previsto pela Constituição e 100% enquadrado dentro da legalidade jurídica nacional. Outras opiniões, como a do deputado estadual Álvaro Guimarães, do PR, seguem na mesma linha de identificação do impeachment com um golpe de Estado. Mais extremado, o deputado estadual novato Jean Carlo, do PHS, chega a afirmar que “a medida fere o regime democrático” – o que não tem o menor cabimento, já que é um remédio, amargo, sim, porém inteiramente previsto pela Constituição exatamente porque o regime é democrático.

O besteirol vai longe. Luiz Alberto Bambu, chefe de gabinete do governador Marconi Perillo, acha que o impeachment “é um ato arbitrário”. O vereador Anselmo Pereira, do PSDB, que também é presidente da Câmara Municipal, usa a expressão “violência política” para definir o impeachment. Thales Barreto, do PTB, entende que é “golpismo”. Humberto Aidar, do PT, define o impeachment como ”traição ao povo”. Bruno Peixoto, do PMDB, como “conspiração”. Isso Moreira, do PSD, “medida que atenta contra a democracia”.

Há até os que não dizem coisa com coisa, como o deputado estadual Lucas Calil, do PSL, integrante do grupo dos jovens da Assembleia, que emitiu uma frase incompreensível: “Sou contra porque a democracia existe para que seja uma forma de equalizar as vontades da sociedade”. Hã?

É muita bobagem, em doses cavalares. O impeachment é um processo de natureza política, sendo recomendável que se sustente em fatos concretos. Está previsto pela Constituição e, desde que aprovado pelo Congresso Nacional, não é golpe – como aconteceu no caso da deposição do presidente Fernando Collor. Só isso.

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