Os jornais impressos travam em todo mundo uma batalha titânica para sobreviver aos tempos de comunicação imediata e acelerada via internet.
Acredita-se que um filão capaz de garantir mais algum tempo de vida para a imprensa em papel seria investir em opinião, que, pelo menos, poderia representar 24 horas depois dos fatos – já amplamente divulgados online – alguma pitada de novidade ou criatividade.
Mas…
Veja só, leitor, o que para o mais importante jornal goiano é opinião: nesta quinta-feira, na página 7, onde o O Popular publica os artigos do dia, o texto principal, no alto, assinado pelo jornalista Rodrigo Alves, faz profundas especulações “filosóficas” sobre… enxaguante bucal.
Rodrigo Alves garante aos leitores que o enxaguante bucal definitivo, que dispensaria a necessidade de escovar os dentes, só não se transformou em um produto de massa porque a população prefere continuar escovando os dentes. E ainda “revela” que escovar os dentes não é um hábito de higiene pessoal, mas um “comportamento herdado das gerações anteriores”.
Desse jeito não há jornal impresso que sobreviva.