“O PMDB que saiu vitorioso na luta pela redemocratização e fez a Constituição de 1988 deve ser o PMDB que aponte novos caminhos para Goiás, que discute teses, que traga para seu convívio novos pensamentos e dê voz àqueles que querem contribuir com os destinos do Estado”, diz, em entrevista ao Diário da Manhã, neste domingo, o deputado federal peemedebista Daniel Vilela, falando sobre a sua candidatura a presidente do diretório estadual do partido.
É preciso reconhecer: Daniel Vilela está certo. Compete não só ao PMDB, mas a todos os partidos políticos que militam em Goiás “discutir teses, trazer para o seu convívio novos pensamentos e dar voz àqueles que querem contribuir com os destinos do Estado”.
Mas o problema é que Daniel Vilela não segue a sua própria concepção sobre o que deve ser o PMDB goiano. Ou alguém conhece alguma “tese” ou “novos pensamentos” já apresentados pelo filho do prefeito Maguito Vilela desde que se elegeu vereador em Goiânia, deputado estadual e agora deputado federal sempre à sombra do prestígio do pai. Afora as críticas e ataques, o deputado peemedebista nunca conseguiu formular uma visão de futuro para Goiás – e nem mesmo se esforçou para isso.
Já são praticamente cinco anos de atividade política e até agora ninguém conhece uma proposta de interesse para Goiás ou para o povo goiano de autoria de Daniel Vilela. Veja, leitor amigo, os artigos que ele escreve em O Popular, periodicamente: são sempre ataques ao governador Marconi Perillo, sem nenhuma formulação positiva. O peemedebista é mais um “político” superficial e nada mais, mesmo porque nunca precisou se escorar em uma plataforma de ideias para conseguir as suas eleições – presente paterno, como se sabe.